Um ataque em uma mesquita em Quebec, no Canadá, deixou ao menos seis mortos e oito feridos na noite de domingo, informou a polícia. A ação aconteceu no Centro Cultural Islâmico, horas após o premier Justin Trudeau anunciar que o país ofereceria residência temporária a imigrantes que ficaram barrados após os vetos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com testemunhas, cerca de 40 pessoas faziam orações no templo no momento dos tiros. Duas pessoas foram presas.
De acordo com a mídia local, a mesquita sofreu atos de vandalismo e mensagens xenófobas nos últimos meses. Em uma mensagem no Twitter, Trudeau classificou a acção como "ataque terrorista".
"Esta noite, os canadenses lamentam os mortos em um covarde ataque em uma mesquita da cidade de Québec. Meus pensamentos estão com as vítimas e suas famílias", escreveu Trudeau na rede social.
O governador da província de Quebec, Philippe Couillard, também usou o Twitter para comentar a tragédia:
"Estamos unidos contra a violência. Solidariedade com os quebequenses de confissão muçulmana". Couillard também qualificou de 'bárbaro' o ataque.
O líder da mesquita, Mohamed Yangui, que não estava dentro do local quando ocorreu o tiroteio, disse que recebeu várias chamadas de pessoas em orações da noite.
No sábado, o premier canadense recebeu de braços abertos os refugiados de guerra mesmo depois que as companhias aéreas canadenses disseram que recusariam passageiros que iriam aos Estados Unidos para cumprir uma proibição de viagem a pessoas de sete países de maioria muçulmana.
Em tuítes postados um dia depois que Trump estabeleceu o período de quatro meses para permitir a entrada de refugiados nos Estados Unidos e proibiu viajantes de sete países, Trudeau disse que os refugiados são bem-vindos no Canadá.