Na Rússia, o Kremlin recusou-se a comentar a demissão de Michael Flynn, conselheiro norte-americano para a segurança nacional, afirmando tratar-se de uma questão de política interna.
Flynn demitiu-se na segunda-feira ao final do dia na sequência de revelações segundo as quais teria mantido conversações com o embaixador russo nos Estados Unidos antes de Trump assumir a presidência.
Flynn teria ainda enganado o vice-presidente Mike Pence relativamente ao teor das conversações.
A demissão de Flynn ocorreu após revelações segundo as quais o Departamento de Justiça teria alertado a Casa Branca há várias semanas de que Flynn poderia ser objecto de chantagem devido a contactos estabelecidos com o embaixador russo Sergey Kislyak antes de Trump assumir o poder a 20 de Janeiro.
Leonid Slutsky, membro do comité de relações exteriores da Duma, descreveu a demissão como “um sinal negativo” nas relações entre os dois países.
“Eu não afasto a possibilidade de Flynn voltar a aparecer de novo na administração norte-americana. Esta situação serve para criar a impressão entre os cidadãos e dentro da esfera política norte-americana de que a Rússia ainda é um opositor estratégico”, disse Slutsky.
Flynn foi um dos principais defensores de uma abordagem mais flexível ao nível das relações Estados Unidos/Rússia.
A demissão de Flynn marca a primeira demissão de peso no seio da administração Trump que se encontra em funções há 24 dias.