O acordo global e inclusivo de São Silvestre é o “único e realístico roteiro capaz de tirar o país da crise institucional em que se encontra. Infelizmente, não se consegue completar os mecanismos de aplicação deste acordo, e a população aguarda com impaciência as eleições”.
Com estas palavras Dom Marcel Utembi Tapa, Presidente da Conferência Episcopal da RDC voltou a sublinhar a desilusão do Episcopado por uma nova paragem nas negociações com vista na aplicação do acordo assinado a 31 de Dezembro de 2016 sobre a formação de um Governo de unidade nacional e que leve finalmente o país a eleições presidenciais antes do fim deste ano.
O acordo como se sabe prevê que o actual Presidente da República, Joseph Kabila, permaneça no poder até à entrada em função do seu sucessor, e a formação de um governo guiado por um membro da oposição.
Os nós sobre os quais as negociações se encontram bloqueadas e que requereram a 27 de Março passado uma reunião do Governo e da oposição dizem respeito à designação do Primeiro Ministro que deve ser da oposição, e do Presidente do Conselho de Supervisão do Acordo. As divergências dividem não só a maioria e oposição mas também a própria oposição.