Afonso Dhlakama, líder da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, disse quarta-feira, que a "guerra está no fim" em Moçambique, há duas semanas do fim da actual trégua, que se poderá tornar permanente.
"Tenho mantido contactos com o meu irmão Filipe Nyusi", Presidente de Moçambique, "para ver se encontramos uma saída para a paz efectiva porque não queremos ver mais sangue" derramado, disse Dhlakama numa teleconferência com jornalistas, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
"A guerra está no fim. Voltaremos a abraçar nossas famílias, circular pelas estradas, visitar nossos familiares e trabalhar para produzir. Isso é que nós desejamos", acrescentou Afonso Dhlakama.
O líder da Renamo participou numa teleconferência com jornalistas residentes na cidade de Chimoio, capital da província central de Manica, na mesma sala assistiram também à conversa membros da Renamo.
Moçambique vive uma trégua decretada a 03 de Março por Afonso Dhlakama, em vigor até 04 de Maio - daqui a duas semanas.
É a terceira trégua anunciada desde Dezembro, depois de uma primeira, que durou uma semana, logo prorrogada por uma segunda e pela actual de 60 dias.
A paz em Moçambique tem estado sob permanente ameaça nos últimos anos, devido a clivagens entre a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e a Renamo.