A oposição venezuelana convocou para esta quinta-feira um novo protesto contra o presidente Nicolás Maduro, após a gigantesca mobilização de quarta-feira que provocou confrontos por todo o país e a morte de três pessoas - dois civis e um militar. O líder opositor Henrique Capriles apelou aos venezuelanos para voltarem às ruas e pressionarem o governo pela realização de eleições, respeito à Assembleia Nacional-de maioria opositora -libertação dos presos políticos e um canal humanitário para entrada de alimentos e remédios no país.
Amanhã, na mesma hora, convocamos todo o povo venezuelano a se mobilizar “ Hoje fomos milhões e amanhã (hoje) temos que reunir mais pessoas - declarou Capriles.
Durante os protestos de quarta-feira, Carlos José Moreno, um jovem de 17 anos, morreu no hospital após ser baleado por motociclistas encapuzados que atacaram uma concentração opositora no bairro de San Bernardino, em Caracas. Na cidade de San Cristóbal, uma jovem de 23 anos foi baleada na cabeça - também por motociclistas encapuzados- e morreu durante os protestos. No início da noite, Niumar José Barrios, de 35 anos e membro da Guarda Nacional, morreu em San Antonio de los Altos, subúrbio de Caracas, baleado por um francoatirador.
Os focos de violência e panelaços persistiam em vários bairros de Caracas e em outras
Mais de 400 pessoas foram detidas pelas autoridades venezuelanas durante as manifestações contra o presidente Nicolás Maduro.
Segundo o responsável, as detenções ocorreram em Caracas e nos estados de Nova Esparta, Táchira, Carabobo, Miranda, Anzoátegui, Bolívar, Arágua, Barinas, Cojedes, Monágas e Zúlia.