A oposição venezuelana voltou a convocar uma nova manifestação, para exigir a realização de uma eleição presidencial antecipada. Os confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes já causaram até a data mais de 20 mortes. A escalada da tensão em vários estados da Venezuela é perceptível, como o confirma algumas mortes por bala, ocorridas durante as últimas manifestações contra poder. Os opositores que detêm a maioria na assembleia nacional , acusam o governo de enviar criminosos armados para atacar os manifestantes. Na quarta-feira todas as artérias de acesso à Caracas estavam a ser controladas pelas forças da ordem, bem como foram encerradas as estações de metropolitano da capital.
O ex-candidato infeliz à eleição presidencial e uma das figuras do anti-chavismo, Henrique Capriles, declarou a agência noticiosa France Presse, que os seus partidários vão prosseguir o movimento de contestação. Como resposta, o governo por intermédio do Partido Socialista Unido da Venezuela, lançou um apelo para que, o que mesmo qualifica de "juventude revolucionária" marche na direcção do palácio presidencial de Miraflores, para defender paz. O Presidente Nicolás Maduro prometeu na terça-feira que o executivo neutralizará a violência e a tentativa de golpe de Estado.
De acordo com o Ministério Público morreram até a data 26 pessoas. O Chefe de Estado, Nicolás Maduro cita o número de 29 mortos. Quatrocentas e trinta e sete pessoas ficaram feridas e 1.289 foram detidas por motivos diversos, nomeadamente, pilhagens. Em quatro semanas de protesto 14 jornalistas foram presos e 106 alvo de agressões.