O Governo da Nigéria admitiu hoje que a libertação das 82 raparigas raptadas há três anos pelo grupo extremista Boko Haram foi feita em troca da libertação de alguns membros do grupo terrorista que estavam detidos.
O anúncio é a primeira confirmação oficial que o Governo nigeriano faz de qualquer troca feita durante os meses de negociações com o Boko Haram.
Depois da libertação negociada de 21 raparigas de Chibok em Outubro, o Governo negou que tivesse pago um resgate ou libertado alguns dos membros do grupo extremista em troca das raparigas.
A declaração de hoje do Governo da Nigéria, citada pela agência de notícias Associated Press (AP), acrescenta que está previsto o encontro das 82 raparigas libertadas com o presidente Muhammadu Buhari no domingo, na capital da Nigéria, Abuja.
No passado mês de abril cumpriram-se três anos sobre o rapto de 276 raparigas pelos terroristas islâmicos do Boko Haram, relatado pelos meios de comunicação do mundo inteiro.
Depois do rapto, 57 conseguiram fugir e, em Outubro de 2016, com a intervenção da Cruz Vermelha, os terroristas libertaram 21, altura em que o porta-voz da presidência nigeriana afirmou que a libertação de mais 83 jovens estaria para breve.
As alunas do liceu de Chibok tornaram-se um símbolo de dezenas de milhares de pessoas ainda retidas pelo Boko Haram, que usa os raptos em massa para recrutar extremistas.