Em colectiva de imprensa a veículos da mídia internacional nesta terça-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disparou contra os países vizinhos da América do Sul. Ele acusou a "tríplice aliança" do Mercosul , Brasil, Argentina e Paraguai, de dividirem o continente, sobretudo os laços comerciais entre os países, e chamou os respectivos governos de "nefastos". Apesar da suspensão da Venezuela do bloco económico, Maduro disse que seu país continuará e sempre será do Mercosul.
A tríplice aliança Paraguai, Argentina e Brasil são três governos nefastos. Confiamos nas vias legais, nas quais entramos com recursos, criticou Maduro directamente do Palácio Miraflores, sede do governo. O fim do caminho da América Latina não pode ser da intervenção, da intriga.
Temos que retornar ao encontro, da união. A triplica aliança abandonou o caminho do respeito e da união da América do Sul.
Maduro disse que "tudo será perdido para eles", pois seu governo tem razão. O líder venezuelano afirmou ainda que é vítima do presidente da Argentina, Maurício Macri, e do presidente do Brasil, Michel Temer, e pediu ajuda ao Papa para ajudar ao seu governo a ter diálogo respeitoso tanto com os países da América Latina quanto com os Estados Unidos e sua ameaça militar.
“ Que o Papa nos ajude a ter um diálogo respeitoso, com a verdade, que o Papa nos ajude a impedir que Trump lance suas tropas e invada a Venezuela.
O presidente ainda afirmou que a Venezuela irá pedir uma ordem de captura internacional para a ex-procuradora-geral Luísa Ortega, que fugiu para a Colômbia e embarcou nesta sexta-feira para o Brasil, denunciando uma perseguição do governo. Maduro, ao falar de Ortega durante a entrevista colectiva, disse que "nunca imaginou uma traição como esta". A chavista rompeu com o governo e foi destituída pela Assembleia Nacional Constituinte.
Assim como nós entregamos os narcotraficantes para a Colômbia, espero que ela seja entregue à Venezuela .
A Venezuela vai solicitar à Interpol um código vermelho a estas pessoas envolvidas em delitos graves, falou Maduro, se referindo também ao marido de Ortega, Germán Ferrer. Você anda com a oligarquia colombiana, com o governo golpista do Brasil. Diga-me com quem andas e te direi quem és.