O discurso sobre o Estado da União Europeia deu os eurodeputados, reunidos em Estrasburgo, quarta-feira, muita matéria de reflexão, com destaque para a criação de uma espécie de "super-ministro" para a zona euro.
O discurso sobre o Estado da União Europeia deu os eurodeputados, reunidos em Estrasburgo, quarta-feira, muita matéria de reflexão, com destaque para a criação de uma espécie de “super-ministro” para a zona euro.
“Pessoalmente, não penso que seja preciso um novo ministro, mas agora temos dois responsáveis: o presidente do Eurogrupo e o comissário europeu para os Assuntos Económicos. Se houver uma fusão dos dois, podemos, realmente, salvar o cargo com um bom líder a tempo inteiro para o Eurogrupo, o que certamente será útil”, disse, à euronews, Alexander Graf Lambsdorff, eurodeputado liberal alemão.
Apesar de não nomear os países, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, criticou a alegada deriva autoritária nalguns Estados-membros do Leste, durante o seu discurso.
“O primeiro-ministro húngaro disse muitas vezes que sabemos bem a importância do estado de direito, mas a questão é que temos uma interpretação diferente sobre que é o estado de direito. Portanto, não penso que haverá muitas mudanças na política do governo húngaro”, reagiu à euronews, Péter Niedermüller, eurodeputado socialista húngaro.
Quase esquecido no discurso ficou o complexo processo de saída do Reino Unido da União Europeia. Mas, no seu estilo habitual, o eurocético britânico Nigel Farage disse: “Graças a Deus que estamos fora, graças a Deus que saímos disto a tempo”.