Um convite à participação no Dia de Jejum e Oração pela paz convocado pelo Papa Francisco para o dia 23 de Fevereiro, foi dirigido aos católicos estadunidenses pelo presidente da Conferência Episcopal dos país e arcebispo de Galveston-Houston, cardeal Daniel N. DiNardo.
Já confirmaram adesão à iniciativa, entre outros, a Pax Christi International, o Conselho Mundial de Igrejas (Wcc, sigla em inglês) e líderes anglicanos do Sudão do Sul, além de diversas Conferências Episcopais.
Por meio de uma mensagem divulgada nos dias passados, o cardeal DiNardo fez menção às palavras do Papa Francisco no Angelus de 4 de fevereiro quando – ao refletir sobre os sofrimentos provocados pelos violentos conflitos em diversas partes do mundo – recordou que “o nosso Pai celeste sempre escuta os seus filhos que clamam a Ele na dor e na angústia”.
“Por este motivo – sublinhou o purpurado – dirijo um caloroso apelo para que também nós ouçamos este grito e, cada um de nós segundo a própria consciência diante de Deus, pergunte-se: “O que eu posso fazer pela paz?”.
O presidente da Conferência Episcopal Estadunidense recorda que “o Papa nos exortou a observar um dia especial de oração e jejum pela paz na sexta-feira, 23 de Fevereiro, na sexta-feira da primeira semana da Quaresma, com uma atenção particular e uma preocupação específica pela República Democrática do Congo e pelo Sudão do Sul”, “Infelizmente – acrescentou Dom DiNardi – o conflito violento atinge os dois países. O Sudão do Sul obteve a sua independência em 2011, mas tornou-se vítima da corrupção e de uma sangrenta guerra civil que não dá sinais de trégua”.
“Na República Democrática do Congo, por outro lado, o governo não consegue honrar a Constituição, não obstante os esforços realizados pela Igreja Católica, voltados a promover corajosamente uma resolução pacífica do conflito entre os partidos do governo e os de oposição. Em ambos os países, são as famílias inocentes que sofrem”.
Neste contexto, o arcebispo de Galveston-Houston convida os católicos estadunidenses a responderem “ao chamado do Santo Padre para rezar e jejuar pela paz. Transformemos o nosso jejum em esmola e apoiemos o trabalho dos serviços de socorro católicos em ambos os países. Possa Deus abençoar o Sudão do Sul, a República Democrática do Congo e o nosso mundo com a paz”.
Em um comunicado o conselho mundial de igrejas recorda que na RDC, 4,3 milhões de pessoas são deslocadas e em 2018, 13,1 milhões de pessoas terão necessidade de assistência humanitária.
No Sudão do Sul, durante os últimos quatro anos de conflito, dois milhões de pessoas fugiram do país e cerca de 1,9 milhões são deslocados internos. Outras sete milhões de pessoas têm necessidade de assistência humanitária no país.
O secretário-geral do WCC, Olav Fykse Tveit, enviou uma carta às Igrejas membro, reiterando que são sobretudo as crianças, os jovens e as mulheres os que mais sofrem com esta crise humanitária.