A região de Oromia na Etiópia, assistiu a morte de pelo menos 16 civis, pelo exército da Etiópia, sítio que foi palco de protestos contra o governo.
Segundo um comunicado das forças de segurança, os civis foram confundidos com membros da Frente de Libertação Oromo, um movimento separatista que luta há décadas pela independência.
"Os cinco soldados, incluindo o comandante, foram detidos e são objecto de uma investigação", anunciou em comunicado o ministro da Defesa, Siraj Figessa.
A Etiópia decretou em Fevereiro o estado de emergência durante seis meses, prorrogáveis por mais quatro, devido aos protestos e à violência no país.
Os protestos têm por base o descontentamento das duas principais etnias do país -- oromo (sul e oeste) e amhara (norte) --, que se consideram sub-representadas no partido que governa o país desde 1991, mas também na partilha de recursos e acesso a direitos e liberdades.
Em 2015 e 2016, a Etiópia foi palco das maiores manifestações antigovernamentais dos últimos 25 anos. A repressão dos protestos fez 940 mortos, segundo a comissão etíope de direitos humanos, dependente do Governo.
A calma regressou ao país com a instauração do estado de emergência entre Outubro de 2016 e Agosto de 2017, embora os protestos se tenham repetido ocasionalmente.