O candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), venceu a primeira volta das presidenciais brasileiras com 46% dos votos. Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), obteve 29%.
Num vídeo partilhado na rede social Facebook, Bolsonaro agradeceu a todos os que o apoiam.
"Para quem não tem tempo em televisão, para quem tem ainda um partido muito pequeno, não tem fundo partidário e ficou e continua hospitalizado, por aproximadamente 30 dias, não deixa de ser uma grande vitória", afirmou.
Bolsonaro foi hospitalizado em setembro depois de ser esfaqueado durante uma ação de campanha na localidade de Juíz de Fora, Minas Gerais, no sudeste do Brasil. O candidato, considerado polémico e já condenado por ofensas e apologia ao crime de violação, foi o mais votado no domingo (07.10) em 16 estados e no Distrito Federal.
Agora, até à segunda volta, agendada para 28 de outubro, o político quer conquistar o eleitorado do Nordeste: "A nossa votação no Nordeste foi muito boa e tenho a certeza que melhorará, e muito, por ocasião do segundo turno. O que eu quero para o Nordeste é, realmente, uma região que, através do seu povo, humilde, conservador e trabalhador, fique livre da mentira, fique livre da coação que sempre existe por parte do PT."
Haddad confia na vitória
Fernando Haddad, do PT, venceu em oito estados do Nordeste e no Pará. Num breve discurso após a divulgação dos resultados, no domingo à noite, o candidato do partido de Lula da Silva prometeu que não vai desistir da vitória.
"Iniciaremos amanhã a campanha para sermos vitoriosos no segundo turno", anunciou.
Ciro Gomes, do Partido Democrático Trabalhista, foi o mais votado no Ceará e ficou em terceiro lugar na votação com 12% dos votos válidos do eleitorado, ou seja, 13 milhões de votos. Já a antiga chefe de Estado do Brasil, Dilma Roussef, perdeu a eleição para o Senado em Minas Gerais. Apesar de ser líder nas sondagens, a ex-Presidente ficou em quarto lugar na corrida por uma vaga.