É sob um dispositivo de segurança sem precedentes que Brasília se prepara para assistir, esta terça-feira, à tomada de posse do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro.
Nada é deixado ao acaso. 3.200 Elementos do exército e da polícia vigiam o recinto. A ordem é para abater qualquer aeronave que viole o espaço aéreo.
Os milhares de brasileiros que se deslocaram para assistir aquilo a que chamam um "momento histórico", vão ser mantidos à distância, mas resignam-se: "A gente sabe que o risco existe, porque está a haver a ruptura de um sistema criminoso, que se perpetuou por muitos anos, mas temos a esperança de que tudo corra bem e que nada de mal venha a acontecer ao nosso presidente", diz Dainara Alves.
Na cerimónia é esperada a presença de cerca de uma dúzia de chefes de Estado e de governo, entre os quais o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa; o presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca; o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu e o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, para além de delegações de cerca de 60 países.
Em relação aos vizinhos, Bolsonaro foi selectivo. Estarão presentes os presidentes da Bolívia, Colômbia, Chile, Honduras, Paraguai, Peru e Uruguai.
Os presidentes de Cuba e da Venezuela chegaram a estar convidados, mas o presidente eleito voltou com a palavra atrás por, afirma o seu futuro ministro dos Negócios Estrangeiros - Ernesto Araújo, "não haver lugar nem para Maduro nem para Díaz-Canel, numa celebração de democracia".