Internet e SMS estão bloqueados na República Democrática do Congo até 6 de janeiro, dia em que a CENI deverá anunciar os resultados provisórios das eleições gerais de 30 de dezembro.
Desde esta segunda-feira (31/12) e até dia 6 de Janeiro a rede internet e os serviços de mensagens estão bloqueados em todo o território da República Democrática do Congo, bem como a difusão da RFI neste país.
Para as autoridades congolesas este bloqueio tem o objectivo de "preservar a ordem pública...dado que começaram a circular resultados ficícios...que nos poderiam conduzir ao caos, afirmou Kikaya bin Karubi, um do conselheiros do Presidente Joseph Kabila.
Certo é que o corte da internet apanhou todos de surpresa, incluindo os actores económicos como bancos e outras instituições não financeiras, que não foram avisados.
Para a oposição que clama vitória, este bloqueio é liberticida e um atentado à liberdade, denuncia fraudes massiças, acusando o poder cessante de conspirar, para garantir a vitória do seu candidato, o antigo ministro do interior Emmanuel Ramazani Shadari, face aos opositores Martin Fayulu dado como favorito e Félix Tshisekedi.
O calendário eleitoral prevê que dia 6 de janeiro sejam divulgados os resultados provisórios das eleições gerais de 30 de dezembro, que além de designarem o sucessor do Presidente Jospeh Kabila - no poder desde 2001 - e que deverá tomar posse a 18 de janeiro, vão determinar quem serão os 500 membros do parlamento e os deputados locais para as 26 províncias do país, incluindo a capital Kinshasa, um total de 780 deputados serão eleitos.
Fonte: RFI