Pompa e circunstância, outra coisa não seria de esperar, no banquete oferecido por Isabel II a Donald Trump. Um dos pontos altos, certamente, da visita de Estado do presidente dos EUA ao Reino unido. Aliás Trump não poupou elogios à família real. Momento de partilha e de aproximação. Pelo menos é isso que espera a rainha:
"Estou confiante de que os nossos valores e interesses comuns continuarão a unir-nos. Hoje, celebramos uma aliança que ajudou a garantir a segurança e a prosperidade dos nossos povos, durante décadas, e que acredito perdurará por muitos anos", afirmou Isabel II.
Posição partilhada por Donald Trump:
"Em nome de todos os americanos, faço um brinde à amizade eterna dos nossos povos, à vitalidade das nossas nações e ao longo, querido e verdadeiramente notável reinado de Sua Majestade a Rainha", disse Trump.
Mas a viagem não começou bem. Ainda antes de chegar ao Reino Unido a polémica já estava instalada. Tudo porque Trump decidiu, através das redes sociais, chamar ao presidente da câmara de Londres de "completo falhado". Isto depois de Sadiq Khan ter dito que o seu país não devia estender a passadeira vermelha a Trump.
Um mau começo para o presidente mas nada de inesperado já que Trump tinha já quebrado todos os protocolos diplomáticos ao intrometer-se na política interna do Reino Unido e ao dar a sua opinião sobre o Brexit e sobre quem deve ser o próximo primeiro-ministro do país.
Ainda assim, desta vez, e ao contrario da anterior, conseguiu manter-se quase ao lado da rainha durante a inspecção às tropa, menos longe do protocolo mas sinal, talvez, de que a proximidade entre os dois países é relativa.
Entre o Reino Unido e o governo de Donald Trump a discórdia é clara em questões como as mudanças climáticas, o Irão ou os riscos de segurança em relação ao uso de tecnologia chinesa.
Diferenças que se dissipam quando se homenageiam os mortos de guerra, de ambos os países. O casal Trump foi o primeiro americano a colocar uma coroa de flores no túmulo ao soldado desconhecido, na Abadia de Westminster.
No geral, o chefe de Estado norte-americano mostrou-se satisfeito com este primeiro dia em terras de Sua Majestade mas os ânimos prometem aquecer no segundo, com a política e protestos, provavelmente, no centro da agenda.