O ex-Presidente nigeriano Olusegun Obasanjo defendeu hoje que a Nigéria assine o tratado sobre a zona de livre-comércio em África, considerando que a maior economia africana não pode excluir-se deste espaço.
"A Nigéria é a maior economia de África e não se pode falar de um mercado livre africano sem que a maior economia e a maior população de África façam parte dele. É lamentável e irónico", disse Olusegun Obasanjo.
O ex-chefe de Estado nigeriano, que falava em entrevista à agência Lusa, em Lisboa, considerou "um erro" que o seu país esteja entre os três únicos Estados africanos -- juntamente com a Eritreia e o Benim - que não assinaram o Acordo de Livre-Comércio Continental Africano, que entrou em vigor em 30 de Maio, depois de ter sido ratificado por 24 países, em que não se inclui nenhum dos países africanos de língua portuguesa.
Obasanjo disse, por outro lado, esperar que a Nigéria mude de opinião antes do lançamento oficial da zona de livre-comércio africana, marcada para 07 de Julho, em Niamey, Níger.
"Espero que a Nigéria mude de posição. Não vejo como é que a Nigéria poderá estar no lançamento oficial sem assinar o acordo. Claro que a Nigéria pode ausentar-se, mas só há três países que não assinaram e a Nigéria não pode estar com essas companhias, deve estar na companhia de países como a África do Sul, o Quénia ou o Egipto", disse.