O ministro venezuelano de Relações Exteriores, Jorge Arreaza, convidou, na terça-feira, em nome do Presidente Nicolás Maduro, o Papa Francisco para assumir mediar novas tentativas de diálogo com a oposição.
"Chova, troveje ou relampagueie, insistiremos teimosamente na via do diálogo", disse Jorge Arreaza, durante uma intervenção na Casa Amarilla, em Caracas, onde funciona o seu gabinete.
Segundo o chefe da Diplomacia da Venezuela, Nicolás Maduro "vai insistir mil vezes no diálogo".
"Estendemos o convite ao Papa Francisco para que se junte a qualquer forma de facilitação do diálogo", sublinhou.
O ministro frisou ainda que na Venezuela está em curso uma luta pelos recursos do país e que Caracas se manterá firme pela via do diálogo "com o mecanismo de Oslo (Noruega), apesar dos golpes de Estado, agressões e da pressão internacional dos Estados Unidos".
A oposição já reagiu à posição do Governo, mas condiciona uma nova tentativa de aproximação ou diálogo com o Executivo ao cumprimento de objectivos.
"Se está perto ou não, vai depender dos avanços que tenhamos com relação aos objectivos que tem toda a Venezuela, que é sair desta tragédia", disse Juan Guaidó, presidente do parlamento e autoproclamado Presidente interino do país.
Em declarações aos jornalistas defendeu que "o regime está cada vez mais só, isolado".
"Quando se aproximar uma solução para a crise, para a tragédia que estamos vivendo, seja no espaço que for, na mediação com o reino da Noruega, na facilitação do Grupo de Contacto Internacional, na pressão diplomática pelo Grupo de Lima, na pressão e protecção dos activos pelos Estados Unidos, o informaremos", disse.
O líder da oposição insistiu que para haver uma nova ronda de negociações é necessária a criação de condições que a facilitem, precisando que "o momento é de exigir, de avançar".