A destituição de Donald Trump está prestes a dar mais um passo em frente. A Câmara dos Representantes vota, esta quarta-feira, o envio ao Senado dos dois artigos que fundamentam a acção contra o presidente dos Estados Unidos.
A porta-voz da câmara baixa norte-americana, Nancy Pelosi tem evitado passar à fase seguinte do processo. A Democrata quer garantir a inclusão de testemunhas no julgamento de Trump no Senado, mas a exigência tem encontrado resistência entre os senadores, maioritariamente Republicanos.
E o impasse dura há um mês. Pelosi justificou-se dizendo que "o povo americano merece a verdade e a Constituição exige um julgamento". A porta-voz garantiu ainda que "o presidente e os senadores serão responsabilizados".
O líder do Partido Republicano no Senado norte-americano, Mitch McConnell, afirmou que o julgamento do processo de destituição de Trump deverá começar a 21 de Janeiro, mas deixa o alerta: a chamada de testemunhas é um tiro que pode sair pela culatra aos Democratas.
McConnell advertiu que, "os dois lados vão querer chamar testemunhas" durante o processo, o que na prática significa que, durante o julgamento, não serão apenas os Democratas a ser ouvidos.
E, caso haja participação de testemunhas, os Republicanos vão poder intimar o denunciante anónimo que espoletou o processo de destituição de Donald Trump.
O presidente dos Estados Unidos é acusado de abuso de poder e obstrução ao Congresso, por alegadamente ter pressionado o homólogo ucraniano a obter informações comprometedoras sobre Joe Biden, visto como o principal candidato Democrata às presidenciais.
Trump nega todas as acusações.