A Arábia Saudita está pronta a intervir no Iémen, na ausência de uma solução pacífica, para ajudar o governo do país a travar a ofensiva das milícias xiitas Houti.
Depois de terem ocupado a capital, em fevereiro, os combatentes, alegadamente apoiados pelo Irão, estão à beira de controlar Taez, a terceira cidade do país, face aos protestos da população.
A ONU tinha já lançado o alerta para o risco de uma guerra civil no território, depois do Conselho de Segurança ter apelado ao reconhecimento da legitimidade do disputado presidente Mansour Hadi.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita, Saud al Faisal, tinha anunciado, na segunda-feira, que o país estava pronto a “tomar as medidas necessárias” para proteger a região, “contra a agressão” dos Houties, “apoiados pelo Irão”.
Um anúncio em forma de resposta ao pedido de ajuda da diplomacia iemenita.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Iémen, Riyadh Yaseen, justificou o pedido de ajuda militar aos países do Golfo, ao afirmar, “é necessário agir rapidamente, pois o tempo urge, em especial para aqueles, como nós, que defendem a legitimidade constitucional e para todos os iemenitas que não querem assistir a mais massacres”.
Desde o início do ano que as milícias Houtis controlam o norte do país e a capital Sanaa tendo obrigado o chefe de estado a refugiar-se na cidade de Aden.
Os combatentes, apoiados pelo ex-presidente Ali Abdallah Saleh prosseguem a ofensiva para sul.
Em Aden, o exército e as milícias fiéis ao presidente preparam-se para a batalha, quando os Houtis justificam o avanço com a luta contra a Al-Qaida e o grupo Estado Islâmico.
O movimento islamita tinha reivindicado o triplo atentado suicida de quinta-feira na capital que provocou mais de 140 mortos em duas mesquitas da comunidade Houti.