Vários funcionários públicos de Moçambique, nomeadamente professores, estão a abandonar os postos de trabalho para se dedicarem à campanha eleitoral da Frelimo, partido no poder.
A situação está a preocupar a igreja católica que alerta para o facto de muitos alunos estarem sem aulas no país.
Esta semana, a Associação Nacional dos Professores denunciou à agência de notícias Lusa “intimidações e coacção” dos profissionais da classe para participar da campanha de Daniel Chapo.
A igreja católica em Moçambique, está preocupada com o abandono dos funcionários públicos dos seus postos de trabalho para se dedicarem à campanha eleitoral da Frelimo.
O arcebispo da igreja católica na Beira, Dom Claudio Dalla Zuana, alerta para o facto de muitas escolas não estarem a funcionar, sublinhando que a campanha eleitoral não deve paralisar o país.
Dom Claudio Dalla Zuana chama ainda a atenção para as promessas eleitorais que estão a ser feitas nestes últimos tempos, lembrando que os políticos devem manter discursos realistas.
Moçambique realiza as eleições gerais a 9 de Outubro, um escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas, das assembleias provinciais e de governadores de província.
Um total de 37 forças políticas concorrem nas legislativas e provinciais, na corrida à liderança do país está o Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, no poder, Ossufo Momade, candidato da Renamo, Lutero Simango, apoiado pelo MDM e Venâncio Mondlane, apoiado agora pelos extra-parlamentares Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) e Revolução Democrática (RD)