Mais de cinco mil angolanos deveriam ser repatriados a partir das 18 horas de hoje (segunda-feira), da cidade de Boma, República Democrática do Congo (RDC) e outras regiões do Baixo Congo, terminado o prazo de 72 horas que o Parlamento da RDC aprovou para a retirada incondicional de todos os cidadãos angolanos residentes em território congolês.
Esta medida está expressa na circular número 1.554/VBBC, das autoridades da Vila de Boma, na província do Baixo Congo, citando uma deliberação do Parlamento da RDC, distribuída hoje à comunidade angolana em Boma.
O documento não especifica se a ordem das autoridades da RDC abrange angolanos residentes em todas as províncias congolesas.
As autoridades angolanas no município do Soyo, província do Zaire, tiveram acesso ao documento depois dum encontro de emergência que o administrador local, Manuel António, manteve na comuna angolana da Pedra de Feitiço, com o representante da comunidade angolana na cidade congolesa de Boma.
O porta-voz da comunidade angolana na cidade de Boma, Paulo Sebastião Kipasi, disse que os angolanos estão a enfrentar situações irregulares como ameaças de morte, roubos e pilhagem cometidos por cidadãos da RDC.
Fontes bem colocadas na região congolesa de Muanda, informaram à Angop que cidadãos angolanos que se encontram naquela localidade, até em tratamento médico, foram mesmo convidados a abandonar o território congolês sem mais detalhes.