O presidente sudanês, Omar al-Bashir, foi empossado esta quinta-feira, depois da sua controversa vitória nas eleições do mês passado.
O Presidente Bashir está a ser procurado pelo Tribunal Penal Internacional, TPI, por alegados crimes de guerra em Darfur.
Muitos líderes internacionais declinaram convites para participar na cerimónia de tomada de posse, mas pelo menos cinco chefes de Estado africanos foram a Cartum.
As Nações Unidas foram representadas pelos chefes das suas duas missões de manutenção da paz no país. A seguir ao juramento de tomada de posse, Bashir falou ao Parlamento durante cerca de 30 minutos.
Os presidentes da Etiópia, do Chade, do Malawi, da Mauritânia e do Djibouti estavam na audiência. Mas a organização de defesa dos direitos humanos, Human Rights Watch, HRW, disse que os governos engajados na justiça em Darfur deviam ter boicotado a cerimónia.
No seu relatório anual, a Amnistia Internacional disse que continuavam a ocorrer abusos generalizados em Darfur, apesar do conflito ser menos intenso do que em anos anteriores.
As eleições do mês passado, as primeiras multi-partidárias em 24 anos, foram reconhecidas internacionalmente, apesar das suas debilidades.
Em Janeiro, as populações do sul do Sudão vão votar na possibilidade de se tornarem independentes - na sequência de um acordo de paz que pôs fim à guerra civil.
Bashir está a pedir a unidade, mas há poucas dúvidas de que o sul se vai separar do resto do Sudão, se houver uma votação livre.