Assinala-se, hoje, o Dia Mundial dos Refugiados. A data foi instituída pelas Nações Unidas para proteger as pessoas que procuram abrigo fora dos seus países.
Angola é um país de refúgio para muitos estrangeiros, tendo-se tornado num espaço privilegiado para a emigração.
A Ecclesia ouviu Mussenguele Kopele, um refugiado da RDC que fala da sua experiência, em Angola.
As autoridades angolanas lutam contra a emigração ilegal, num território em que a dimensão das suas fronteiras não facilita o seu controlo;
Mussenguele Kopele diz que a integração dos refugiados, em Angola, é bastante difícil.
Refugiado do Congo Democrático, em Angola, Mussenguele Kopele.
Entre 2003 e 2007, a Representação do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, assistiu o governo Angolano no repatriamento e reintegração de mais de 400 Mil refugiados angolanos.
Desde então, retornos espontâneos continuam, no ano passado existiam mais de 100 Mil refugiados angolanos nos países vizinhos, muitos dos quais desejam regressar à sua pátria. Com isso esta Instituição continua apoiar o governo Angolano, a verificar a situação e a renovar o processo de repatriamento organizado durante o próximo ano, a fim de finalmente encerrar este capítulo.
O representante do ACNUR em Angola disse todos os países do mundo receberam ou criaram refugiados.
Bahdan Nahajlo, que falava em conferência de Imprensa sobre o dia Mundial do refugiado, avançou que existem cerca de Um Milhão de pessoas a solicitar asilo.
Seghundo o responsável, o ACNUR começou com a sua actividade em Angola em 1976, para apoiar o país no repatriamento dos refugiados que pretenderam voltar ao país, depois do período colonial.
O representante do ACNUR em Angola disse que o governo Angolano já repatriou durante o período de guerra cerca de 400 Mil pessoas
Representante do ACNUR em Angola Bahdan Nahajlo, quando sobre o dia Mundial do refugiado que hoje se assinala, sob o Lema tiraram a minha casa, mas não o meu futuro.
A data foi instituída, em 2000, pela Assembleia Geral da ONU, em solidariedade à África, continente que abriga o maior número de refugiados e que, tradicionalmente, já celebrava o Dia Africano do Refugiado, nesta mesma data.
A efeméride foi igualmente adoptada com o objectivo de aumentar a consciência da sociedade sobre a problemática dos homens e mulheres deslocados por guerras e conflitos armados ou perseguidos por motivo de religião, nacionalidade, raça, grupo social e opinião política.
Refugiado, segundo a ONU, é uma pessoa que se encontra fora do seu país de origem porque tem fortes probabilidades de ser objecto de abusos graves, em virtude da sua religião, etnia, raça, crença ou ideologia.
Este ano, a data é comemorada sob o lema "Casa", em reconhecimento ao sofrimento de mais de 42 milhões de pessoas que foram forçadas a deslocar-se em todo o mundo.
SIMPROF em Cabinda lamenta falta de vontade das autoridades em resolver problemas do sector.