Um dia depois de a Organização das Nações Unidas (ONU) votar novas sanções ao Irão, o governo da nação islâmica ameaçou ontem rever sua relação com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA).
Por enquanto, porém, fontes diplomáticas indicam que Teerão se divide entre o confronto e a conciliação com a comunidade internacional, após seus dois principais aliados e membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, China e Rússia, terem votado a favor de novas punições ao país.
O parlamento votará no domingo uma lei prioritária que estipula a redução das relações com a AIEA - indicou Esmaeel Kosari, membro do Comité de Segurança Nacional e Política Exterior do parlamento à agência Fars.
Este anúncio ocorre após o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, encabeçar as críticas à quarta rodada de sanções, votada na quarta-feira pelo Conselho de Segurança. Essas resoluções "devem ir para o lixo" e não "são capazes de afectar os iranianos", afirmou.
Ahmadinejad havia ameaçado a suspensão de todas as relações com o grupo 5+1 (EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha e França, mais Alemanha) se eles votassem por novas sanções.