A Human Rights Watch (HRW) e seis organizações sírias de direitos humanos exortaram as autoridades de Damasco a investigar a morte a tiro de manifestantes e a levar os responsáveis por estas a responder perante a justiça.
"Desde há três semanas, as forças de segurança sírias disparam contra manifestantes, na maioria pacíficos, e em vez de investigar quem são os responsáveis as autoridades sírias tentam imputar a responsabilidade a grupos armados", denunciou em comunicado a HRW.
Esta organização, com sede em Nova Iorque, tem manifestado particular interesse nas manifestações que ocorreram a 01 de abril em Duma, 15 quilómetros a norte de Damasco.
Com base em testemunhos de manifestantes, a HRW referiu que "pelo menos oito manifestantes e talvez mesmo 15 foram mortos" quando "homens vestidos à civil abriram fogo sobre uma concentração anti-governamental".
"Os autores dos tiros pareciam ser membros das forças de segurança e mantiveram-se atrás da polícia anti-motim", indicou um dos participantes no protesto.
A HRW exortou o presidente Bashar al-Assad a "abrir um inquérito independente e transparente sobre os disparos em Duma e a responsabilizar os que mataram de forma ilegal".
Damasco criou comissões de inquérito sobre confrontos idênticos que ocorreram em Deraa (sul) e Lattaquié (noroeste), mas não em Duma.
Seis organizações sírias dos direitos humanos, incluindo duas curdas, declararam-se hoje, num comunicado conjunto, "preocupadas com o uso excessivo da força pelas autoridades para dispersar manifestações pacíficas".
As forças de segurança "utilizam bastões, granadas de gás lacrimógeneo e disparam balas reais que já provocaram dezenas de mortos e feridos", sublinharam as organizações.
"Pedimos a constituição de uma comissão de inquérito neutra, na qual participem representantes de movimentos dos direitos humanos e que tenha por missão desmascarar os responsáveis pelos atos de violência levando-os a responder perante a justiça", afirmaram.
A Organização Nacional dos Direitos Humanos na Síria indicou, entretanto, que 14 jornalistas sírios foram detidos e oito continuam na prisão, desde o início do movimento de contestação ao regime em meados de março.
"A imprensa corre perigo na Síria. Desde o início dos protestos, nenhum órgão de comunicação, nenhum jornalista escaparam à campanha histérica de detenções baseada na lei de emergência", escreveu a associação.
Uma das principais reivindicações dos contestatários é a anulação do estado de emergência que restringe as liberdades públicas.
EO.
Lusa/fim
"Desde há três semanas, as forças de segurança sírias disparam contra manifestantes, na maioria pacíficos, e em vez de investigar quem são os responsáveis as autoridades sírias tentam imputar a responsabilidade a grupos armados", denunciou em comunicado a HRW.
Esta organização, com sede em Nova Iorque, tem manifestado particular interesse nas manifestações que ocorreram a 01 de abril em Duma, 15 quilómetros a norte de Damasco.
Com base em testemunhos de manifestantes, a HRW referiu que "pelo menos oito manifestantes e talvez mesmo 15 foram mortos" quando "homens vestidos à civil abriram fogo sobre uma concentração anti-governamental".
"Os autores dos tiros pareciam ser membros das forças de segurança e mantiveram-se atrás da polícia anti-motim", indicou um dos participantes no protesto.
A HRW exortou o presidente Bashar al-Assad a "abrir um inquérito independente e transparente sobre os disparos em Duma e a responsabilizar os que mataram de forma ilegal".
Damasco criou comissões de inquérito sobre confrontos idênticos que ocorreram em Deraa (sul) e Lattaquié (noroeste), mas não em Duma.
Seis organizações sírias dos direitos humanos, incluindo duas curdas, declararam-se hoje, num comunicado conjunto, "preocupadas com o uso excessivo da força pelas autoridades para dispersar manifestações pacíficas".
As forças de segurança "utilizam bastões, granadas de gás lacrimógeneo e disparam balas reais que já provocaram dezenas de mortos e feridos", sublinharam as organizações.
"Pedimos a constituição de uma comissão de inquérito neutra, na qual participem representantes de movimentos dos direitos humanos e que tenha por missão desmascarar os responsáveis pelos atos de violência levando-os a responder perante a justiça", afirmaram.
A Organização Nacional dos Direitos Humanos na Síria indicou, entretanto, que 14 jornalistas sírios foram detidos e oito continuam na prisão, desde o início do movimento de contestação ao regime em meados de março.
"A imprensa corre perigo na Síria. Desde o início dos protestos, nenhum órgão de comunicação, nenhum jornalista escaparam à campanha histérica de detenções baseada na lei de emergência", escreveu a associação.
Uma das principais reivindicações dos contestatários é a anulação do estado de emergência que restringe as liberdades públicas.
EO.
Lusa/fim