O embaixador dos Estados Unidos na Líbia, Christopher Stevens, morreu na noite de terça-feira durante o ataque lançado por homens armados contra o consulado em Benghazi, confirmou o vice-ministro do Interior para o leste da Líbia.
Wanis al Sharf explicou que com o embaixador, que se tinha deslocado a Benghazi, morreram outros três empregados norte-americanos da embaixada, dois dos quais do departamento de segurança que tentaram controlar a situação.
Stevens, um diplomata de carreira, estava na Líbia há menos de quatro meses depois de ter assumido funções em Tripoli em maio.
O responsável líbio adiantou que os cadáveres e os trabalhadores da missão diplomática estão a ser transladados para Tripoli.
Segundo as declarações do responsável da Alta comissão de Segurança em Benghazi, Fawzi Wanis, ao canal de televisão do Qatar Al-Jazira, o embaixador morreu por asfixia devido ao incêndio que deflagrou no edifício.
Wanis também afirmou que duas das vítimas eram fuzileiros (Marines) e que foram abatidos por disparos dos assaltantes.
O ataque contra o consulado, no bairro residencial de Al Fuihat, foi desencadeado por um protesto contra um vídeo alegadamente realizado nos Estados Unidos por um Israel-americano e que foi considerado uma ofensa contra o islão pelas críticas ao profeta Maomé.
Esta madrugada, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, condenou energicamente o ataque contra o consulado e confirmou a morte de um funcionário, mas não deu pormenores, não confirmando oficialmente a morte do embaixador.
No Egipto, as medidas de segurança da embaixada dos Estados Unidos no Cairo, que também foi alvo de protestos contra o vídeo na terça-feira, foram reforçadas.