O arcebispo Desmond Tutu recebeu um prémio no valor de um milhão de dólares (772,5 mil euros) da Fundação Mo Ibrahim, anunciou hoje o instituto, que promove a boa governação no continente africano.
Ao anunciar o prémio, a Fundação Mo Ibraim referiu que "durante toda a sua vida, (Desmond Tutu) foi uma das grandes vozes de África pela justiça, liberdade, democracia e responsabilidade, e pela capacidade de resposta governamental".
Mo Ibrahim disse, em Joanesburgo, que este prémio especial da sociedade civil foi atribuído ao arcebispo em reconhecimento "do compromisso de vida em dizer a verdade ao poder".
O arcebispo sul-africano foi um dos grandes líderes contra o "apartheid" na África do Sul, durante os anos mais desesperados da luta contra o regime racista.
O arcebispo, prémio Nobel da Paz em 1984, continua ativo, e critica duramente o tratamento de Israel dado aos palestinianos e o tratamento dos chineses dado aos tibetanos.
O milionário sudanês declarou ainda que este prémio não foi elaborado para substituir o galardão de excelência de liderança africana, atribuído a chefes de Estado que tenham deixado recentemente o governo democrático dos seus países.
A Fundação Mo Ibraim, criada pelo milionário sudanês, tem sede em Londres e premia os líderes africanos que desempenharam uma boa governação nos seus respetivos países.
Desde a sua criação, há sete anos, o galardão de excelência de liderança africana foi concedido apenas três vezes, além de um prémio especial para o antigo presidente sul-africano Nelson Mandela.
Os líderes africanos que receberam o galardão foram Joaquim Chissano, de Moçambique, Pedro Pires, de Cabo Verde, e Festus Mogae, do Botswana.
Lusa