Uma querela racial eclodiu entre empresários e a Liga dos Jovens do Congresso Nacional Africano (ANC), o partido no poder.
O ex-diretor-geral da Bolsa de Joanesburgo, Russel Loubser, criou polémica quando falava aos estudantes da Wits School of Economic and Business Sciences, ao acusar a Liga dos Jovens do ANC (ANCYL) e o seu ex-líder, Julius Malema, de "racistas".
"A ANCYL de hoje não é o ANCYL de Nelson Mandela, Walter Sisulu, Govan Mbeki et Oliver Tambo. A ANCYL de hoje é uma vergonha e uma fonte de confrontos... ela destrói os valores e a confiança", declarou Loubser, fazendo alusão "ao discurso irresponsável sobre a nacionalização das minas" e à maneira como este discurso minava a confiança na África do Sul.
Numa reação virulenta, a Liga dos Jovens rejeitou "com desdém" os comentários de Loubser.
Num comunicado, a Liga qualificou Loubser de "porta-voz ignorante e temerário dos interesses do capital branco" e declarou que "nenhum ser humano argumentando de maneira descente com um QI ligeiramente mais elevado que a temperatura ambiente não daria resposta às suas ideais".
Sexta-feira, a organização Afriforum agudizou as tensões, ao declarar que a ANCYL defendia o seu próprio extremismo fazendo dos Brancos o inimigo, "enquanto a pobreza é suposta ser o inimigo".
"A ANCYL revela constantemente argumentos falsos sobre a economia, enquanto o ódio, o racismo e a intimidação são os métodos que a ANCYL pode utilizar", declarou o presidente do Afriforum, Chari Oberholzer.