O apresentador Tewfik Okacha, dono de uma rede de televisão egípcia, foi condenado a quatro meses de prisão por difamação do presidente islamita, Mohamed Mursi, indicou nesta segunda-feira a imprensa oficial.
Um tribunal do governo de Luxor condenou Okacha, que não estava presente na audiência, a quatro meses de prisão e a pagar uma multa de 100 libras (16 dólares) após uma queixa apresentada pelo deputado Nasreddine Moghazi.
Tewfik Okacha, apresentador e proprietário da rede de televisão Al-Farain (Os Faraós), crítica à Irmandade Muçulmana de Mursi, já enfrentou vários processos, incluindo um por "incitação ao assassinato" do presidente egípcio, segundo fontes judiciais.
Sua emissora foi suspensa em agosto depois da exibição de um programa contendo fortes críticas a Mursi, mas ela foi novamente autorizada a transmitir graças a uma decisão da justiça anunciada no sábado.
Mursi, que assumiu suas funções em 30 de junho, é o primeiro presidente do Egipto oriundo do campo islamita, e o primeiro a não sair da esfera militar desde a queda da monarquia em 1952.
Seus opositores o acusam de querer amordaçar a imprensa depois de ter consolidado o seu poder ao colocar na reserva parte da alta hierarquia militar que se opunha a ele.