O líder militar dos rebeldes do movimento M23, o general Sultani Makenga, declarou nesta terça-feira que suas tropas vão deixar Goma até sexta, depois de terem ocupado esta cidade estratégica do leste da República Democrática do Congo há uma semana.
Esta retirada será feita em cumprimento a uma decisão dos Estados da região.
"Amanhã ou depois de amanhã (...) no máximo em três dias, vamos deixar Goma (...) Pediram-nos para nos afastarmos 20 km e vamos fazer isso sem problema", disse à AFP o general Makenga, em referência à Cúpula de Kampala realizada no sábado.
A declaração da Cúpula de Kampala pede aos rebeldes que suspendam a guerra e se retirem de Goma dentro de 48 horas, posicionando-se pelo menos 20 km ao norte da cidade tomada em 20 de novembro. Em troca, Kinshasa deve levar em conta suas demandas "legítimas".
Makenga explicou que 48 horas é um tempo muito curto, porque precisa reunir suas forças antes da retirada.
"Nós temos forças em Masisi", um território a oeste de Goma. "Nós começamos a retirar nossas forças, elas estão em movimento" nesta área, disse. "Esperamos que as nossas forças que estão longe de Goma cheguem ao ponto de encontro" antes de voltarmos para as posições iniciais em Rutshuru, na fronteira com Ruanda e Uganda. Ambos os países são acusados de apoiar a rebelião criada em maio, algo que eles negam.
Segunda-feira, o general Makenga viajou para Uganda, onde se reuniu com os chefes de Estado-Maior de Uganda, Ruanda e Congo. "Cheguei atrasado devido ao mau tempo, e o chefe de Gabinete do Congo já havia deixado o local", disse ele em seu retorno para a RD Congo.