Milhares de tunisinos protestaram nesta sexta-feira pelo quarto dia consecutivo em Siliana, 120 km a sudoeste de Túnis, para exigir a renúncia do governador da região, um plano de desenvolvimento econômico e o fim da repressão.
A principal central sindical tunisina, a UGTT, convocou uma marcha simbólica em direção a Túnis. Uma longa coluna de pessoas a pé ou em veículos se dirigia à capital.
"Com nossa alma e nosso sangue nos sacrificamos por Siliana", gritavam os manifestantes.
"Estamos dispostos a um diálogo, mas sem o governador" Ahmed Ezzin Mahjubi, cuja renúncia foi descartada pelo primeiro-ministro Hamadi Jebali.
Nas ruas da cidade ainda restavam vestígios das barricadas instaladas pelos manifestantes nos dois dias anteriores.
Na estrada que une Siliana a Túnis, os moradores ergueram barricadas, segundo os jornalistas da AFP.
As reivindicações dos manifestantes de Siliana, que protestam contra a miséria, o desemprego e a repressão policial, lembram as da revolução que derrubou o regime do presidente Zine Al Abidine Ben Ali.
Desde a última terça-feira, 300 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre manifestantes e forças de segurança.