Os apoiantes de Muhammadu Buhari sairam à rua na Nigéria para festejar um resultado histórico nas eleições presidenciais, que trazem a oposição para o poder pela primeira vez desde 1999.
O candidato do Congresso de Todos os Progressistas (APC, sigla em inglês) impôs-se com 54 por cento dos votos.
A vitória da oposição, liderada por um muçulmano, face à derrota de um político cristão, faz aumentar o receio de uma nova vaga de violência intercomunitária, como a que se produziu durante as eleições de 2011.
Mas Buhari descartou a repetição dos confrontos, evocando o acordo de paz assinado com o partido de Goodluck Jonathan que assegura o respeito pelos resultados anunciados pela Comissão Eleitoral.
O chefe de Estado cessante já reconheceu, aliás, a derrota e felicitou o sucessor. O resultado do escrutínio marca não só o fim dos cinco anos de mandato de Jonathan, como dos 16 anos de poder nas mãos do Partido Democrático do Povo.
A chefe da diplomacia europeia, Frederica Mogherini, felicitou a vitória de Buhari e agradeceu a contribuição de Jonathan para a democratização da Nigéria.