Ao cabo de três semanas, marcadas por algumas cenas de violência, que causaram dois mortos e vários feridos, esta sexta-feira encerrou a campanha eleitoral para as eleições legislativas de domingo (30/07) no Senegal.
Cerca de 6,5 milhões de eleitores são chamados às urnas, para elegerem 165 deputados, incluindo 15 pela diáspora, criados pela revisão constitucional de 2016.
Mais de 40 listas concorrem ao escrutínio, mas os cabeças de lista que mais se destacam são o primeiro-ministro Mohammed Dione pela coligação Bokkyakar apoiada pelo partido do Presidente Macky Sall, o antigo Presidente Abdoulaye Wade (entre 2000 e 2012) que aos 91 anos regressou ao Senegal para liderar a coligação da oposição Wattu Senegaal, liderada pelo seu partido o PDS - Partido Democrático Senegalês e o antigo edil de Dacar Khalifa Sall, que lidera a coligação Manko Taxaku Senegal e está detido desde 7 de Março por suspeitas de desvio de fundos públicos.
O Presidente Macky Sall quis reformar o ficheiro eleitoral em 2016 com a introdução de bilhetes de identidade electrónicos, que servem simultaneamente de cartão eleitoral, mas cerca de 700 mil não foram fabricados a tempo e outra parte não foi distribuída.
O Chefe de Estado intercedeu esta segunda-feira (24/07) junto do Conselho Constitucional, que no dia seguinte deu o seu aval para que os eleitores possam votar com os antigos cartões de eleitor ou bilhetes de identidade, passaportes ou cartas de condução.
Vários partidos da oposição denunciaram no entanto a "violação do Código Eleitoral e o fracasso do governo na condução das eleições legislativas".