Os bispos da Conferência Episcopal do Quénia lançaram esta Segunda-feira 7 de Agosto, um forte apelo a todas as pessoas envolvida no processo eleitoral (fiéis, jovens, comissão eleitoral, media e magistratura) para tudo fazerem a fim de que as eleições deste dia 8 possam decorrer num clima de paz e tolerância.
Numa nota assinada pelo Bispo Philip Ayolo, os prelados convidaram todos os fiéis “a exercitar o direito democrático ao voto” na eleição dos líderes nacionais: “Exortamos todos os quenianos a colher esta oportunidade a fim de exercitar um direito estipulado na Constituição e eleger dirigentes capazes de integridade".
“As eleições sejam justas, correctas, pacíficas e credíveis, reafirmam os bispos – devemos criar um ambiente pacifico, demonstrar o nosso amor por este país maravilhoso e garantir tudo para que Quénia possa viver em paz.
“Exprimindo, pois, o seu apreço pelo modo relativamente pacífico como se desenvolveu a campanha eleitoral”, a Igreja que está no Quénia pede aos jovens para que sejam agentes da paz, empenhando-se activamente na reconciliação, a fim de alcançar a coesão e a integração nacional.
Um outro apelo foi endereçado pelos bispos à Comissão eleitoral, a fim de garantir que as eleições sejam “justas, transparentes, credíveis e pacíficas”.
Os Bispos do Quénia, declaram-se disponíveis a “trabalhar com todas as pessoas envolvidas no processo eleitoral”. E quanto aos mass-media, se sublinha que estes têm “um papel crucial em todo o processo eleitoral”, enquanto “instrumento que transmite as informações ao público”. Também a magistratura foi encorajada por forma a manter o seu profissionalismo e seu empenho em favor do país, no cumprimento do seu mandato, sem temor ou favorecimento”.
De recordar que, em vista destas eleições, os prelados promoveram uma novena de oração de 30 de Julho e encerrou nesta Segunda-feira 07 de Agosto.
Vários outros apelos estão a ser lançados no Quénia a fim de que não se repita o sucedido nas anteriores eleições de 2007 que desembocaram em confrontos, tendo provocado a morte de cerca de 1.100 pessoas e, obrigando outras 600.000 a refugiarem-se fora das suas localidades.
No que toca as eleições presidenciais, são considerados como principais candidatos o presidente cessante Uhuru Kenyatta e Raila Odinga.