O Supremo Tribunal do Quénia anulou a reeleição do presidente queniano, Uhuru Kenyatta, alegando irregularidades, e convocou novo escrutínio para daqui a dois meses.
A eleição presidencial, a 8 de Agosto, "não foi conduzida de acordo com a Constituição", disse o juiz presidente do Supremo Tribunal do Quénia, David Maraga.
"Sobre a questão de saber se as ilegalidades e as irregularidades afetaram a integridades da eleição, o Tribunal é da opinião que é este o caso", acrescentou.
A decisão de anulação das eleições, que é definitiva, foi aprovada pela maioria dos juízes e apenas dois foram contra, num total de sete (um esteve ausente por doença).
O juiz presidente do Tribunal disse que a Comissão Eleitoral "falhou, negligenciou ou recusou" conduzir as eleições de acordo com a Constituição, citando irregularidades na transmissão dos resultados.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, o candidato da oposição, Raila Odinga, alegou que os votos eletrónicos tinham sido pirateados e manipulados a favor do presidente Uhuru Kenyatta, que ganhou um segundo mandato com mais de metade dos votos.