Numa declaração publicada no fim da Assembleia Plenária que teve lugar em Mariannhill, de 30 de Julho a 6 de Agosto, os Bispos da Conferência Episcopal da África Austral (SACBC) comprometem-se a prevenir e combater a violência e os abusos, tanto na Igreja como na sociedade.
"Comprometemo-nos a reforçar as modalidades para assinalar eventuais casos de abuso; comprometemo-nos a acompanhar as vítimas no seu processo de cura e assegurar que os culpados sejam chamados a prestar contas das suas acções": dizem os Bispos da África do Sul, Botswana e Suazilândia, reunidos na Conferência dos Bispos Católicos da África Austral (SACBC), na declaração publicada no fim da Plenária.
Prevenir, e não apenas remediar, o problema dos abusos
Fazendo referência ao Motu Próprio do Papa Francisco, "Vos Estis Lux Mundi", que "definiu novas normas específicas que fornecem clara orientação aos Bispos nos casos de abuso na Igreja local", os membros da SACBC decidiram "enviar pessoas adequadamente dispostas a fazer estudos especiais sobre o cuidado e protecção de crianças e adultos vulneráveis, de modo que o problema do abuso não seja apenas abordado de maneira mais completa e profissional, mas que seja também prevenido”.
Alarme violência social
Os Bispos dizem que estão preocupados com "a escalada da violência na sociedade” sul-africana, um problema que deve ser enfrentado partindo da sua origem, nas famílias. "As famílias são o lugar onde queremos concentrar a luta para combater a cultura da violência, que nos está destruindo como povo", afirma o documento. "Em particular – ressaltam os Prelados – comprometemo-nos a fazer um esforço especial para garantir que a segurança das mulheres seja uma prioridade fundamental na Igreja Católica”.
Cultivar o respeito pela vida
"Pedimos a todos, começando pelos nossos líderes, que cultivem uma cultura de respeito pela vida e de responsabilidade pelos mais fracos da sociedade. Em particular, os nossos líderes políticos devem corresponder às expectativas, esperanças e aspirações daqueles que os elegeram para posições de responsabilidade", lê-se ainda no documento que termina com um renovado empenho da Igreja na África Austral “para construir uma sociedade melhor e restaurar a imagem da Igreja tão gravemente contaminada pelos escândalos dos abusos”.