O adeus a aquele que, para muitos, durante os 30 anos da sua governação, passou de herói da independência do Zimbabué ao tirano que espoliou o povo.
Robert Mugabe recebeu as exéquias no Estádio Nacional em Harare com o olhar atento dos chefes de estado e do governo estrangeiros, a maioria africanos, que se deslocaram para render homenagem ao antigo presidente zimbabueano que morreu num hospital de luxo em Singapura, após a sua demissão, forçada por militares e políticos, há cerca de ano e meio.
No discurso, o presidente Emmerson Mnangagwa fez referência a um "grande libertador e pai fundador, professor".
Robert Gabriel Mugabe deixou o Zimbabué com uma economia de joelhos, noventa por cento da população não tem emprego.
Este não será um último adeus, pois, apesar da controvérsia e de discordâncias, Mugabe será enterrado dentro um mês, o tempo necessário para ser erguido o seu mausoléu, no Acre dos Heróis Nacionais.