A Diocese de Maroua-Mokolo, Camarões, vai ter “finalmente” uma catedral, a inaugurar no dia 08 de julho, numa cidade “com mais de 600 mesquitas”.
“Para a comunidade cristã local é tempo de festa depois de anos em que as celebrações ocorriam por vezes debaixo da copa das árvores e numa cidade com centenas de mesquitas”, lê-se num comunicado da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (FAIS) enviado à Agência ECCLESIA.
A consagração do templo, que teve o apoio da FAIS para a construção, é a “etapa final de um projecto que começou há nove anos e que se tornava de dia para dia mais urgente dada a exiguidade do espaço que servia para o culto”, realça a nota.
O bispo diocesano, D. Bruno Ateba Edo, disse que “a missa era celebrada numa igreja pequena e bastante degradada, ou ao ar livre, debaixo das copas das árvores, a que chamava a ‘bio-catedral’”.
O edifício da nova catedral, dedicada a Nossa Senhora, está a encher de orgulho a comunidade local e isso é um motivo também de satisfação para D. Bruno Ateba.
Um artista local, ajudado pelos seus alunos, pintou os frescos que decoram o interior em que se misturam motivos cristãos e da cultura africana local.
A Diocese de Maroua-Mokolo foi criada em 1973 e está situada no extremo norte dos Camarões, cobrindo 14.332 quilómetros quadrados.
Com uma população estimada em cerca de dois milhões de habitantes, cerca de 40% dos seus habitantes são muçulmanos, 30% são cristãos e outros cerca de 30% são seguidores de religiões tradicionais.
Maroua-Mokolo fica situada no norte dos Camarões, fazendo fronteira com a Nigéria e o Chade, numa das zonas mais pobres do país e marcada também pela presença de um “grande número de deslocados e de refugiados”.
LFS