O Comité dos Representantes Permanentes dos Estados Membros da União Europeia (COREPER), reunido em Bruxelas, decidiu o prolongamento das sanções contra o Zimbabwe, soube quinta-feira a PANA de fonte oficial.
Esta decisão é motivada pela "falta de progessos suficientes" na aplicação do acordo global concluído entre a ZANU-PF do Presidente Robert Mugabe e o Movimento para a Mudança Democrática (MDC) do opositor e primeiro-ministro Morgan Tsvangiraï, indica um comunicado transmitido à PANA.
O Conselho de Ministros vai aprovar a 16 deste mês esta decisão e propor a recondução das sanções contra o Zimbabwe até 20 de Fevereiro de 2011.
As sanções visam 142 personalidades próximas do Presidente Mugabe, bem como empresas zimbabweanas que financiam a ZANU-PF.
Os dirigentes visados estão proibidos de estada na Europa e os haveres das empresas abrangidas estão bloqueados nos bancos europeus.
Decretadas pela primeira vez em 2002, as sanções foram tomadas contra a política de reforma agrária acelerada levada a cabo pelo Governo zimbabweano.
Esta política agrícola consistia em conceder as explorações agrícolas dos Zimbabweanos brancos aos veteranos da ZANU-PF.
Em 2009, após largos meses de negociações foi formado o governo de união nacional no Zimbabué. No primeiro aniversário deste governo as violações dos direitos humanos continuam. A Amnistia Internacional emitiu um comunicado a denunciar a situação.