O autoproclamado Conselho Supremo para a Restauração da Democracia (CSRD), composto por oficiais superiores das Forças Armadas Nigerinas, tomou o poder quinta-feira em Niamey ao derrubar o regime do Presidente Mamadou Tandja, constatou a PANA no local.
O CSRD anunciou a suspensão da Constituição da sexta República e a supressão de todas as instituições dela resultantes.
Os militares decidiram igualmente encerrar as fronteiras terrestres e aéreas e instaurar um recolher obrigatório das 18 horas às seis horas da manhã a partir de quinta-feira.
O porta-voz da Junta militar, o coronel Abdoulkarim Goukoye, afirmou o engajamento do CSRD aos tratados e às convenções subscritas anteriormente pelo Estado do Níger.
Este golpe de Estado intervém na sequência da crise política instaurada no Níger depois do referendo constitucional organizado a 4 de Agosto de 2009 pelo Presidente Mamadou Tandja para adoptar uma nova Constituição, a da sexta República, que lhe permitiu manter-se no poder depois do fim do seu segundo mandato.
A União Africana (UA) prometeu actuar firmemente contra os autores do golpe de Estado no Níger, em conformidade com as recentes medidas tomadas pela organização continental para pôr termo às mudanças anticonstitucionais de Governo.
O comissário da UA encarregue da Paz e Segurança, Ramtane Lamamra, afirmou que o golpe de Estado no Níger constitui um sério reverso para o sonho de estabilidade política, prometendo que a organização iria reagir de maneira pronta.
"Estamos sempre preocupados pelos golpes de Estado qualquer que seja o país porque eles são contrários às nossas aspirações para o continente", declarou Lamamra à imprensa.
Um grupo de oficiais superiores das Forças Armadas Nigerinas derrubou o regime do Presidente Mamadou Tandja e anunciou a suspensão da Constituição da sexta República e a supressão de todas as instituições dela resultantes.
Os militares decidiram igualmente encerrar as fronteiras terrestres e aéreas e instaurar um recolher obrigatório das 18 horas às seis horas da manhã a partir de quinta-feira.
Segundo Wade, os problemas do Níger devem ser resolvidos pelo início.
"Deve-se recomeçar do zero", indicou Wade, acrescentando que a solução para a crise nigerina passava necessariamente pela elaboração duma nova Constituição.
Afirmou que todas as partes devem ser consultadas para dar as suas opiniões e as suas sugestões com o objectivo de elaborar um texto completo que será aceite por todos, sobretudo pela oposição.
Adiantou já ter discutido com o actual Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, e com a oposição nigerina, que ele encontrou à margem da Cimeira da CEDEAO.
Wade fez estas declarações numa altura em que circulavam rumores em Niamey sobre o golpe de Estado no Níger, onde o Presidente Mamadou Tanja estará detido pelos militares.
O chefe de Estado senegalês deverá ocupar-se da crise no Níger em colaboração com o ex-Presidente da Nigéria, o general Abdusalami Abubakar, e com um representante da União Africana.