O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon exortou os nigerianos a enterrar de vez as causas da violência em Jos, que em Janeiro deste ano já foi palco de conflitos interreligiosos
E o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, manifestou esta segunda-feira «dor e preocupação» pelos «horríveis» episódios de violência na Nigéria, onde mais de 500 pessoas foram mortas em ataques praticados, no final de semana, por criadores de gado muçulmanos.
Lombardi não quis comentar a natureza religiosa dos confrontos.
O porta-voz do Vaticano reiterou as palavras do arcebispo nigeriano da capital Abuja, John Onaiyekan, que assegurou numa entrevista à emissora de rádio da Santa Sé que «não se mata por causa da religião, e sim por reivindicações sociais, económicas, tribais e culturais».
Os ataques, coordenados segundo as testemunhas, foram registados no sábado à noite em três aldeias ao sul de Jos, capital do estado de Plateau.
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Em três horas, pelo menos 500 pessoas foram massacradas, entre elas muitas mulheres e crianças.
O ataque foi cometido por criadores de gado da etnia fulani, de maioria muçulmana, contra os berom, uma etnia que segue a religião cristã.