A Costa do Marfim está à beira de uma catástrofe", diz antigo vice-secretário geral das Nações Unidas, em entrevista à Renascença.
A União Europeia (UE) apela à saída imediata de Laurent Gbagbo, numa primeira série de sanções contra o Presidente cessante da Costa do Marfim, que se recusa a ceder o poder.
Numa declaração difundida esta quarta-feira, Maja Kocijancik, porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, sublinhou que é importante que "a passagem de poder aconteça sem demoras e sem mais requisitos" e que a vitória de Alassane Ouattara nas presidenciais não pode ser "submetida a qualquer outra avaliação nem posta em causa".
A UE realçou ainda que esta é a primeira série de sanções contra Laurent Gbagbo e os seus apoiantes, mas que em breve poderá ser ampliada.
Apesar do aumento da tensão no país, o ambiente nas ruas é de alguma normalidade, sublinhou à Renascença Koffi Tougbo, um marfinense que é responsável pelo Departamento de Português na Universidade de Cocody, situada no sul do país.