O antigo Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e o ex-Presidente americano, Jimmy Carter, figuram entre as personalidades mundiais que vão acompanhar o referendo no Sudão Sul no próximo domingo.
Os Estados Unidos enviaram o presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado, John Kerry, a Cartum em previsão deste referendo, que vai determinar se o Sudão Sul permanece ou não no Sudão.
A rádio das Nações Unidas « Miraya FM », sediada no Sudão Sul, informou quarta-feira que o Centro Carter vai enviar uma centena de observadores ao Sudão e às assembleias de voto no estrangeiro para supervisionar o escrutínio, o apuramento e a contagem dos votos.
A Miraya-FM cita um comunicado de imprensa do Centro Carter, indicando que o antigo Presidente americano qualificou o processo de referendo de " etapa essencial na aplicação do Acordo de Paz Global (CPA) ".
John Kerry, que se deslocou duas vezes ao Sudão em 2010, chegou terça-feira à noite a Cartum onde deve reunir-se com altos responsáveis do Governo antes de rumar para o sul do país para reuniões similares.
Além disso, a Comissão do Referendo do Sudão Sul (SSRC) publicou o regulamento que rege o apuramento e a seleção dos boletins durante este exercício de sete dias.
Segundo este regulamento, os boletins em cada assembleia de voto serão contados imediamente depois do voto pelos responsáveis da SSRC no mesmo centro.
O director do centro vai anunciar os resultados e escrevê-los num quadro antes de os enviar à sub-comissão do referendo do país, que vai classificar os relatórios de todos os centros do país antes de os enviar à Alta Comissão do Estado.
A Alta Comissão do Estado vai, por seu turno, classificar os relatórios dos comités e enviá-los ao Gabinete do Referendo do Sul Sudão (SSRB) em Juba, a sede regional.
O regulamento prevê um prazo máximo de três dias após o anúncio dos resultados preliminares para objeções que o tribunal examinará num prazo de uma semana, como prevê a Lei sobre o Referendo.