A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, convidou todos os países africanos a encerrarem as actividades das embaixadas da Líbia e expulsar os seus diplomatas ainda fiéis ao líder líbio, Mouammar Kadhafi.
"Peço-vos a suspensão das actividades das embaixadas de Kadhafi nos vossos países, a expulsão dos diplomatas pró-Kadafi e mais contactos e apoios ao Conselho Nacional de Transição (CNT)", declarou Clinton num discurso proferido na sede da União Africana (UA) em Addis Abeba (Etiópia), segunda-feira.
A chefe da diplomacia americana, que falava no quadro duma digressão por África, disse reconhecer o apoio financeiro prestado por Kadhafi a várias nações e instituições africanas, incluindo a própria UA, mas que este acabou por perder toda a legitimidade governativa à luz dos últimos acontecimentos na Líbia.
Ela argumentou que a situação vivida pelo povo líbio nas últimas quatro décadas "choca com o curso da história" e que, apesar de dispor do PIB (Produto Interno Bruto) nominal mais elevado de África, graças ao petróleo, as riquezas da Líbia "estão concentradas no círculo de Kadhafi".
"É verdade que nem todos os países aqui presentes concordam com os passos dados até agora na Líbia pela comunidade internacional, sob a égide do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU)", admitiu.
Porém, lembrou, este órgão apoiou com o concurso de três membros africanos o mandato da ONU para proteger civis na Líbia, impedir o massacre e criar as condições de transição para um futuro melhor para o povo líbio.
"Sei que há alguns aqui que ainda acreditam que as acções da ONU e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) são despropositadas. É verdade que, durante muitos anos Kadhafi jogou um papel importante na prestação de apoio financeiro para muitas nações e instituições africanas, incluindo a UA", disse.
Mas agora, prosseguiu, ficou claro que "ele (Kadhafi) perdeu a legitimidade para governar, e passou-se o seu tempo de permanecer no poder. Por isso, espero e acredito que podemos divergir sobre o que aconteceu até aqui, e ao mesmo tempo chegar a um entendimento sobre o caminho a seguir".
No entender de Hillary Clinton, enquanto Kadafi permanecer na Líbia, "o seu povo estará sempre em perigo, os fluxos de refugiados saídos deste país aos milhares continuarão, a instabilidade regional poderá aumentar e as nações vizinhas arcarão com as consequências. Tudo isso é inaceitável e Kadhafi deve partir".
"Insto os Estados africanos a pedir um cessar-fogo genuíno e a exigir a retirada de Kadhafi", frisou acrescentando que "as vossas palavras e os vossos actos podem fazer a diferença para pôr fim a esta situação e permitir ao povo da Líbia, de forma inclusiva e numa Líbia unificada, elaborar uma Constituição e reconstruir o seu país".
Para Hillary Clinton, a União Africana pode ajudar a orientar a Líbia no processo de transição para um novo governo baseado na democracia, na oportunidade económica e na segurança.
Indicou que os Estados Unidos querem trabalhar com a União Africana não apenas para reagir a conflitos e crises mas também para se adiantar a eles, trabalhar juntos numa agenda positiva capaz de travar as crises antes de começarem.
"Peço-vos a suspensão das actividades das embaixadas de Kadhafi nos vossos países, a expulsão dos diplomatas pró-Kadafi e mais contactos e apoios ao Conselho Nacional de Transição (CNT)", declarou Clinton num discurso proferido na sede da União Africana (UA) em Addis Abeba (Etiópia), segunda-feira.
A chefe da diplomacia americana, que falava no quadro duma digressão por África, disse reconhecer o apoio financeiro prestado por Kadhafi a várias nações e instituições africanas, incluindo a própria UA, mas que este acabou por perder toda a legitimidade governativa à luz dos últimos acontecimentos na Líbia.
Ela argumentou que a situação vivida pelo povo líbio nas últimas quatro décadas "choca com o curso da história" e que, apesar de dispor do PIB (Produto Interno Bruto) nominal mais elevado de África, graças ao petróleo, as riquezas da Líbia "estão concentradas no círculo de Kadhafi".
"É verdade que nem todos os países aqui presentes concordam com os passos dados até agora na Líbia pela comunidade internacional, sob a égide do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU)", admitiu.
Porém, lembrou, este órgão apoiou com o concurso de três membros africanos o mandato da ONU para proteger civis na Líbia, impedir o massacre e criar as condições de transição para um futuro melhor para o povo líbio.
"Sei que há alguns aqui que ainda acreditam que as acções da ONU e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) são despropositadas. É verdade que, durante muitos anos Kadhafi jogou um papel importante na prestação de apoio financeiro para muitas nações e instituições africanas, incluindo a UA", disse.
Mas agora, prosseguiu, ficou claro que "ele (Kadhafi) perdeu a legitimidade para governar, e passou-se o seu tempo de permanecer no poder. Por isso, espero e acredito que podemos divergir sobre o que aconteceu até aqui, e ao mesmo tempo chegar a um entendimento sobre o caminho a seguir".
No entender de Hillary Clinton, enquanto Kadafi permanecer na Líbia, "o seu povo estará sempre em perigo, os fluxos de refugiados saídos deste país aos milhares continuarão, a instabilidade regional poderá aumentar e as nações vizinhas arcarão com as consequências. Tudo isso é inaceitável e Kadhafi deve partir".
"Insto os Estados africanos a pedir um cessar-fogo genuíno e a exigir a retirada de Kadhafi", frisou acrescentando que "as vossas palavras e os vossos actos podem fazer a diferença para pôr fim a esta situação e permitir ao povo da Líbia, de forma inclusiva e numa Líbia unificada, elaborar uma Constituição e reconstruir o seu país".
Para Hillary Clinton, a União Africana pode ajudar a orientar a Líbia no processo de transição para um novo governo baseado na democracia, na oportunidade económica e na segurança.
Indicou que os Estados Unidos querem trabalhar com a União Africana não apenas para reagir a conflitos e crises mas também para se adiantar a eles, trabalhar juntos numa agenda positiva capaz de travar as crises antes de começarem.