Os Estados Unidos e vários países europeus decidiram encerrar temporariamente as embaixadas nos países árabes e do médio-oriente, num momento em que prossegue a vaga de protestos contra um filme considerado anti-islâmico.
Grupos de jovens egípcios voltaram, esta manhã, a entrar em confrontos com a polícia, nos arredores da embaixada norte-americana do Cairo, assaltada no início da semana por um grupo de manifestantes.
Os protestos, que deverão intensificar-se esta sexta-feira, dia de oração nos países muçulmanos, ocorrem num momento em que Washington parece duvidar das intenções do novo governo egípcio.
“Eu não sei se devemos considerar o novo presidente egípcio como um aliado, mas pelo menos não o consideramos como um inimigo. Trata-se de um novo governo que tenta encontrar um rumo e que foi democraticamente eleito. Espero que, dadas as circunstâncias, respondam à nossa insistência para que protejam a nossa embaixada e o nosso pessoal no território”, afirmou Obama numa entrevista a um canal latino-americano.
De Cabul, no Afeganistão, passando pelo Irão e mesmo pela Indonésia, estão previstos protestos similares contra a difusão de um filme sobre a vida do profeta Maomé, produzido nos Estados Unidos.
Os ataques contra as embaixadas norte-americanas no Iémen e na Líbia provocaram já sete mortos, entre os quais o embaixador norte-americano em Bengasi.