Os aliados ideológicos latino-americanos de Hugo Chávez felicitaram a vitória eleitoral do presidente venezuelano, da mesma forma que o governo da China, enquanto o governo dos Estados Unidos pediu que sejam levados em consideração aqueles que votaram na oposição.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, felicitou o colega venezuelano e destacou que deseja continuar aprofundando a integração da América do Sul, afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores.
Kirchner foi uma das primeiras a saudar a vitória de Chávez com mais de 54% dos votos em sua conta no Twitter.
"Hugo, hoje quero dizer que você arou a terra, a semeou, regou e hoje fez a colheita", escreveu a presidente argentina, que considerou o resultado uma vitória de toda América do Sul e Caribe.
"Chávez vencedor com quase 10 pontos de diferença! Viva Venezuela, viva a Pátria Grande, viva a Revolução Bolivariana!", escreveu o presidente equatoriano, Rafael Correa, também no Twitter.
O presidente de Cuba, Raúl Castro, felicitou Hugo Chávez por seu "triunfo histórico" nas eleições presidenciais de domingo e reiterou a "solidariedade e apoio inquebrantáveis" de seu país.
"Em nome do governo e do povo de Cuba, te felicito por este histórico triunfo, que demonstra a fortaleza da Revolução Bolivariana e seu inquestionável apoio popular", escreveu Raúl Castro no texto, publicado pela imprensa local.
Castro destacou ainda que a "decisiva vitória" eleitoral de Chávez "assegura a continuidade da luta pela genuína integração de Nova América".
"América Latina está em festa, com a vitória de Chávez se garante a unidade e a paz na região", comemorou, por sua vez, a filha do líder cubano, Mariela Castro, em seu Twitter.
Com a chegada ao poder de Chávez em 1999, a Venezuela se tornou o principal aliado político e sócio econômico e comercial de Cuba, que passava por grave crise após o colapso soviético em 1991.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que o resultado é o "triunfo" da Aliança Bolivariana das Américas e da América Latina.
"O triunfo do presidente Chávez é o triunfo da democracia. Não apenas é o triunfo do povo da Venezuela, mas também é o triunfo dos países da Alba e da América Latina", disse.
Os Estados Unidos pediram nesta segunda-feira que, no futuro, sejam levados em conta os mais de seis milhões de pessoas que votaram na oposição na Venezuela ao elogiar a alta participação dos eleitores na votação de domingo que reelegeu Hugo Chávez.
"Acreditamos que as posições de mais de seis milhões de pessoas que votaram na oposição devem ser levadas em conta no futuro", afirmou à AFP o porta-voz para a América Latina do Departamento de Estado, William Ostick, em um correio eletrônico.
Os Estados Unidos também elogiaram os venezuelanos pela alta participação e a maneira pacífica com que as eleições transcorreram.
Em Pequim, Hong Lei, porta-voz do ministério das Relações Exteriores, disse que "o presidente Chávez foi reeleito e a China o felicita por isto e deseja que a Venezuela alcance novas conquistas no desenvolvimento do país sob sua liderança".
Ele também destacou o interesse em "continuar trabalhando com a Venezuela para elevar as relações bilaterais a um novo nível".
A representante da União Europeia para as Relações Exteriores, Catherine Ashton, pediu nesta segunda-feira ao presidente Chávez que aproveite o novo mandato para "estender a mão" a todos os setores da sociedade e para promover as liberdades fundamentais.
"Recebi a notícia da vitória de Hugo Chávez nas eleições presidenciais e gostaria de felicitá-lo por sua reeleição", afirmou Ashton em um comunicado.
"Com a vitória vem a responsabilidade", completou.
O ministro de Assuntos Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, se limitou a afirmar que o triunfo de Chávez foi "claro" e destacou a transparência das eleições.
Chávez venceu com 54,42% dos votos, contra 44,97% do líder opositor Henrique Capriles Radonski, anunciou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) após a apuração de mais de 90% das urnas.
O presidente, de 58 anos, foi reeleito pela terceira vez para governar por mais seis anos a Venezuela.