Os Estados Unidos pediram ajuda à Santa Sé para encontrar "soluções humanitárias" adequadas para os presos de Guantanamo. Os norte-americanos estão a tentar encerrar este centro de detenção em Cuba, transferindo os detidos para outros países.
O secretário de Estado John Kerry reuniu-se no Vaticano, esta segunda-feira, com o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin.
Quando tomou posse, há quase seis anos, o Presidente norte-americano prometeu encerrar a prisão, situada numa base militar em Cuba, mas o Senado dos Estados Unidos tem vindo a opor-se. Barack Obama considerada que o campo de detenção, que recebeu centenas de suspeitos de terrorismo depois dos ataques de 11 de Setembro de 2011, é prejudicial à imagem da América no mundo.
Segundo o padre Lombardi, porta-voz do Vaticano, o encontro durou cerca de hora e, para além de uma "solução humanitária" para os presos de Guantanamo, os dois responsáveis também falaram da situação no Médio Oriente, do empenho dos EUA em evitar mais tensões e violência, na vontade de retomar o diálogo entre israelitas e palestinianos e ainda a situação na Ucrânia e a emergência ébola.
Sobre os presos de Guantanamo, Lombardi não adiantou grandes detalhes, garantindo apenas estar fora de questão a hipótese dos detidos, suspeitos de terrorismo, virem ser acolhidos no Estado do Vaticano.
Um oficial do departamento de Estado norte-americano, contudo, confirmou que Kerry reiterou o empenho de Obama em fechar o centro de detenção, e falou em esforços diplomáticos recentes de transferir os prisioneiros para outros países, como o Uruguai.
Com a libertação de seis presos, na passada semana, o campo de Guantanamo passou a ter 136 reclusos.