Barack Obama telefonou esta terça-feira a Vladimir Putin, pedindo-lhe que aceite um acordo de paz para o conflito no Leste da Ucrânia.
Segundo um comunicado emitido pela Casa Branca, o presidente norte-americano ligou ao seu congénere russo para discutir a situação. Kiev, com o apoio das democracias ocidentais, acusa Moscovo de estar a apoiar os separatistas pró-russos no leste da Ucrânia. O Governo ucraniano vai mesmo ao ponto de garantir que há militares russos no seu terreno.
“O presidente Obama realçou o custo em vidas humanas devido aos combates e sublinhou a importância de Putin aproveitar a oportunidade apresentada pelas actuais discussões entre a Rússia, França, Alemanha e Ucrânia para alcançar uma resolução pacífica”, lê-se numa declaração da Casa Branca.
O documento continua, classificando a actuação da Rússia na Ucrânia como sendo de agressão: “Se a Rússia continuar as suas acções agressivas na Ucrânia, incluindo o envio de tropas, armas e financiamento para apoiar os separatistas, os custos para a Rússia aumentarão.”
As conversações que decorrem em Minsk, na Bielorrússia, são consideradas uma “última oportunidade” para a paz, segundo o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.
Mas uma fonte do governo russo, citada pela agência RIA, já veio dizer que não se deve esperar grande desenlace da reunião de quarta-feira, que junta a Ucrânia, a Rússia, a França e a Alemanha à volta da mesma mesa: “Quanto muito, pode esperar-se uma declaração conjunta”, afirma a fonte anónima.
Nas últimas semanas os combates no Leste da Ucrânia têm-se intensificado com muitos civis a pagar com as suas vidas.