Dois agentes ficaram feridos depois de serem atingidos a tiro junto ao Departamento da Polícia, em Ferguson, nos Estados Unidos.
Os autores dos disparos são para já desconhecidos.
Tudo aconteceu durante uma manifestação para exigir a demissão dos responsáveis envolvidos na morte de Michael Brown, o jovem afro-americano alvejado por um polícia no ano passado.
Os protestos levaram, entretanto, o chefe da polícia de Ferguson, no Estado do Missouri, a apresentar a demissão. Trata-se do sexto elemento da justiça e das forças de segurança a abandonar o cargo desde a morte de Brown,
A demissão acontece uma semana depois da publicação de um relatório que revela as práticas racistas recorrentes da polícia de Ferguson. Thomas Jackson apresentou desculpas aos pais da vítima num vídeo onde tenta justificar a atuação dos investigadores, que deixaram o corpo de Brown na rua durante um longo período de tempo, após a morte do jovem.
O caso deu lugar a várias semanas de manifestações em Ferguson, que acabaram por degenerar em motins. O polícia responsável pela morte de Brown não enfrentou qualquer processo judicial.
A multiplicação de mortes em circunstâncias semelhantes noutros pontos dos Estados Unidos, bastante mediatizadas nos últimos meses, trouxe para a ordem do dia a problemática das tensões raciais no país.