A presidente Dilma Rousseff disse na tarde desta segunda-feira, em entrevista colectiva, em Brasília, que vai procurar abrir diálogo com humildade, com quem quer que seja. A afirmação da petista foi feita após ela ser questionada sobre as declarações do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo o peemedebista, “a corrupção não está no Legislativo, está no Executivo”. Dilma ressaltou que é necessário ter “vigilância”. Além disso, a presidente reconheceu, quando questionada logo na primeira pergunta dos jornalistas, que talvez tenha cometido “algum erro de dosagem” nas medidas económicas e defendeu o diálogo com regras, sem fomento à instabilidade política.
- É possível que a gente possa ter até cometido algum (erro de dosagem). Agora, qual foi o erro de dosagem que nós cometemos? Nós gostaríamos muito que houvesse uma melhoria económica de emprego e de renda. Tem gente que acha que a gente devia ter deixado algumas empresas quebrarem e muitos trabalhadores se desempregarem. Eu tendo achar que isto era um custo muito grande para o país. Agora, que é possível discutir se podia ser um pouco mais ou um pouco menos, é possível discutir. Agora, isto não explica porque que nós estamos nessa situação. O que explica o porque que nós estamos nessa situação é um fato constatável, a economia não reagiu. Ninguém pode negar que nós fizemos de tudo para a economia reagir, ninguém pode negar esse fato. Podem falar o seguinte: então era melhor deixar quebrar, deixar quebrar? Eu não acredito nisso - afirmou a presidente.